4 de out. de 2016

Sarau Kallicháos


Minha casa sempre é bem untada de poesia, mas há tempos pede a presença dos poetas. Era freqüente os encontros varando madrugadas regados a vinho e muita boa música. Poesia feita, as vezes, como caldo de cana, na cara do freguês. Desses encontros além da poesia e a música, amores e amizades. KalliCháos era o nome dado a esse ajuntamento poético que quer dizer a beleza do caos. Era também o nome de uma banda. Bons momentos da minha vida...

Uma amiga, Aline Rodrigues, reavivou essas memórias quando fez um sarau na sua casa, que acabei nem indo. Mas a conversa que tivemos me afetou, me contagiou e me fez reviver o quanto a poesia é importante na minha vida. É a matéria prima das minhas canções, é a resposta para amores não resolvidos e a síntese de outros. Era encontro de amigos para as coisas boas da vida. Fazíamos sarau nos parques, nos vagãos dos trens e até doando sangue.

Hoje, num mundo tão imediatista, tecnicista e embrutecido, a poesia é urgente. Precisamos dela para retomar a nossa humanidade e a nossa liberdade do pensar. É no poema que exercitamos a liberdade do mundo, desse mundo tão difícil de hoje.

Em "Admirável Mundo Novo" foi a poesia de William Sheakspeare que penetrou na sociedade do controle para romper com uma lógica desumana. E certamente é a forma de romper com essa lógica doente de sociedade de hoje. A poesia é uma exclusividade da humanidade, um patrimônio. Façamos a vida com mais poesia, amor e vida.

Dos encontros poéticos do KalliCháos encontrei esses registros para rememorar, reler e se inspirar. Poemem-se!!

Site Sarau KalliCháos

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