24 de fev. de 2017

Cobra Falsa-Coral

Falsa-coral (Simophis rhinostoma)

Encontramos essa falsa-coral entre as leras da agrofloresta no Sítio São Pedro. Esta serpente não apresenta nenhum risco ao ser humano, quando ameaçada sua única ação é fugir. É importante preservar as serpentes porque elas fazem controle de outras espécies de animais, como sapos e lagartos, equilibrando o ambiente.

Quando começamos a plantar na agrofloresta chegou os gafanhotos para comer as folhas, depois vieram os sapos e agora as serpentes estão povoando o mesmo espaço. Um bicho vai controlando o outro.

Com a falsa-coral não há perigo. Já a coral-verdadeira o risco é realmente verdadeiro, que é de quem ela faz mimetismo (capacidade que uma espécie tem de copiar as características de outro animal) para enganar seus predadores. O curioso é que a coral-verdadeira é predadora da coral-falsa. Lembrando que em caso de acidentes com animais peçonhentos o atendimento deve ser imediato. Corre para o CEATOX no Hospital IJF (Instituto José Frota) de Fortaleza.

Rei das Serpentes. A diferença entre a verdadeira e a falsa-coral.


Déborah Paiva no manejo da cobra do Sítio São Pedro






23 de fev. de 2017

Lagarta-de-fogo



A pedagogia da natureza é completa. Nos ensina a relaxar, contemplar, mas estar alerta é uma prerrogativa quando se está no mato. Alguns animais podem causar acidentes graves.  Cobras venenosas, lacraias, aranhas são alguns que podem até matar. Mas não significa que esses seres devem ser exterminados. Devemos sim entender e respeitar essas criaturas que cumprem o seu papel na natureza. Saber lidar com eles e garantir a nossa e a segurança deles também.

Essa é uma taturana, a famosa lagarta-de-fogo. Se virem, não toquem. Apenas admirem e coloquem em lugar seguro para não machucar ninguém. Essa é uma fase do ciclo de vida de mariposas. Criaram um sistema tão seguro que nessa parte da vida quase não possuem predadores. As queimaduras podem causar hemorragias se não forem tratadas o quanto antes.


Saiba +
Lagarta de Fogo
Picadas de cobras e outros bichos – O papel do CEATOX no atendimento a acidentes com animais peçonhentos

Colheita de Afetos na Agrofloresta

Débora, Hermano e Rafael com a colheita do dia.

Não tem dia igual ao outro na Agrofloresta do Caminho. Bichos, plantas e pessoas novas é a natureza desse lugar. Começamos com a colheita, fartura de goiaba, acerola e siriguela. Depois seguimos no plantio dos nossos canteiros de produção e cobertura. Tá tudo crescendo bonito milho, feijão, bananeira, abacaxi, macaxeira... tudo caminhando. O que impressiona é a qualidade e diversidade de organismos no solo. Minhocas, tatuzinhos, imbuás, soldadinhos e ainda apareceu 3 joaninhas que nos enche de felicidade por ser um indicativo de ar puro e equilíbrio no ambiente. 

No nosso lanche, o pão artesanal do Jorge fez muito sucesso. Nesse momento fomos testemunhas de uma cena inusitada no telhado, uma cobra verde tentando lanchar uma briba. Allan Jhames da Comunidade Obra de Maria chegou na Agrofloresta já mostrando muito conhecimento com a natureza. Com habilidade e velocidade pegou a briba e a cobra verde pra tentar uma reconciliação. Num sei se deu certo... E ainda para ornar nosso lanche apareceu um lagarta de fogo.

Saiba +


20 de fev. de 2017

Bruna Sindeaux - Voluntária Jardim Wilton Matos



Há tempos, eu venho preparando esta casa para uma nova experiência que é receber voluntários da permacultura. Deles receber a ajudar nas atividades do Jardim Wilton Matos e em troca hospedagem e alimentação. De cara essa primeira experiência já mostrou que vai muito além disso. É compartilhar saberes, história, vivências, espiritualidade, cultura e afetos.  

O meu jardim é uma experiência de permacultura urbana num condomínio de Fortaleza. Nele há horta, composteira, minhocário, meliponário, aquaponia, viveiro de mudas, sementeira, mala de sementes e a cozinha. Não satisfeito ainda pega por tabela atividades nos vários projetos que eu faço parte como a Agrofloresta Caminho no Condomínio Espiritual Uirapuru, o Sítio Brotando a Emancipação e o Sítio São Pedro. Todos no movimento da agrofloresta, agroecologia e na reconstrução da humanidade. Ainda deu tempo de passar no Maracatu Solar. A ideia é a troca de saberes dentro dessas práticas. O que aconteceu intensamente.

A Bruna Sindeaux, brasiliana, veio de Alto Paraíso para passar por essa experiência. Foram duas semanas de convivência sintonizada, harmonizada e cheia de encantamentos. Além das atividades no Jardim, ajudou na organização, concepção e realização da oficina Ao Meu Redor que mostra a permacultura urbana para pessoas que desejam uma vida mais saudável e conectada com a natureza. Um destaque foi a cozinha experimental com receitas vegetarianas e veganas sempre abençoadas em nossas orações. Fomos cobaias de nós mesmo com esse cardápio:

  • Hamburguer de casca de banana
  • Babaganoush
  • Creme de cenoura
  • Arroz 7 grãos com legumes
  • Tapioca com queijo temperado
  • Kefir com limão e gengibre
  • Torta de legumes
  • Lentilhas germinadas
  • Chapati
  • Sucos verdes (qualquer coisa com hortelã e gengibre, sempre)


Posso dizer que tenho uma referência de voluntário, conheçam a Bruna Sindeaux. Gratidão!

Gratidão também ao Marco George do Sítio Juazeiro por ter me incentivado e colaborado para essa experiência.





19 de fev. de 2017

Agrofloresta de Ar-Condicionado


Sabe aquela água que escorre de todo ar-condicionado?! Fiz um buraco de pouco mais de 20cm de profundidade ali pertinho e canalizei essa água pra ele. Coloquei nas bordas plantas e sementes, no centro depositei resíduos orgânicos, folhas secas e olha no que deu. Algumas plantas surgiram espontaneamente. Já tem nesse consórcio colônia, jibóia, planta-arame, maracujá, bananeira, margaridão, cara-de-cavalo, pimenta-de-macaco, samambaia e um congumelo. Quem quiser experimentar o sucesso é garantido.




Mariposa Imperial

Mariposa Imperial (Eacles imperialis)

Essa mariposa chamou atenção aqui no trabalho. O seu nome é mariposa imperial (Eacles imperialis), da família Saturniidae, subfamília Ceratocampinae (mariposas reais), cuja lagarta é conhecida por lagarta-dos-cafezais, além de ser também uma praga do cajueiro. Realmente aqui há muitos cajueiros. O dimorfismo sexual nesta espécie é muito grande, tanto em tamanho como em coloração. Essa aí eu sei que é fêmea porque peguei na postura dos ovos.