31 de dez. de 2016

Agrofloresta de Rua


Não tenho resistido aos espaços carentes de canteiros por onde passo. Não satisfeitos com os hectares que tenho pra cuidar pego a minha enxada, adubo e umas sementes e desço rumo a praça que fica ao lado do meu condomínio aqui Passaré. Fazer canteiro, além de um exercício para o fortalecimento corporal, é também uma meditação de limpeza mental.

Usei a palha das cassuarinas da praça para fazer uma boa cobertura. Aproveitei podas de um flamboyant para delimitar o canteiro. Espalhei sementes de melão, melancia, jerimum e ainda vou jogar uns caroços de milho e girassol. Estou só esperando a chuva firmar. A minha colheita talvez nem seja dessas frutas. A intervenção na rua, na praça, planta se(mentes) em quem passa. Vai que algum dia as pessoas descubram que a rua pode ser uma agrofloresta de possibilidades alimentícias. Bem, enquanto houver chuva estarei plantando alguma semente. É hora de plantar!

30 de dez. de 2016

Chuvas na Agrofloresta













Caem as primeiras chuvas sobre a agrofloresta. Deixa chover, deixa molhar que logo logo nossas sementes estarão nesse paraíso de nutrientes e água. É aqui que vamos cultivar o mais saudável alimento. Já se vê as bananeiras, que plantamos no sistema da batata, abrindo alas e anunciando a abundância que está por vir. As acerolas, antes secas e sem folhas, disseram que estão presente. Até o jardim comestível está respondendo as chuvas.


27 de dez. de 2016

Primeiras Chuvas, Primeiras Sementes


Com as primeiras chuvas, o Sítio São Pedro recebe as primeiras sementes. Jerimum, melancia, melão e maxixe são os primeiros plantios da agrofloresta. Ainda vai chegar uma boa carga de sementes criolas vindas de muitos lugares da rede de amigos da agroecologia, da emancipação humana e das pessoas do bem.

Nem bem começou a chuva e as plantas já reagem. Quem parecia só os galhos já mostra as suas folhagem e quem tinha só folha explode em florações exuberante. Os ipês-amarelos, os angicos e as cajazeiras fazem um show a parte. Eles estão em toda a extensão da serra de Maranguape e a serra da Aratanha.

A água mostra os seus caminhos. Logo, logo teremos banhos de cachoeira e trilhas na mata atlântica. A água é uma substância mágica da nossa natureza.


25 de dez. de 2016

ENGA



O VIII Encontro Nacional de Grupos de Agroecologia (ENGA) aconteceu em dezembro de 2016 na cidade de Bananeiras, Paraíba. É uma iniciativa da REGA Brasil (Rede de Grupos de Agroecologia do Brasil). A rede se organiza de forma autônoma nas universidades com a intenção de estudar, pesquisar e praticar a Agroecologia. 

Nesse encontro esteve representantes do movimento Crítica Radical que participou das discussões e atividades. Levaram para discussão o Anteprojeto como mais uma alternativa de saída para tudo que está acontecendo no mundo hoje. Proporam ainda que o próximo encontro aconteça no Sítio Brotando a Emancipação.

Um momento importante desse encontro é a reunião dos guardiões de sementes. Eles se encontram para partilhar a maior riqueza da agroecologia, as sementes. O Crítica Radical levou frutos e trouxeram sementes de jerimum, feijões especiais, fava, sabonete, bucha, quiabo, araticum entre outras raridades. Essas sementes entra na rede da Agrofloresta Caminho para semear as terras cearenses.

21 de dez. de 2016

Desenho #001



Confraternização Caminho

Fotos: Sandra Helena / Crítica Radical

Para fechar o ano de 2016, um ano repleto de desafios e grandes mudanças, reunimo-nos em uma confraternização farta de pessoas, alegrias, música, frutas e orações. Alimento para o corpo e alma de pessoas iluminadas, muitas delas. Cada um com a luz da música, culinária, dança e poesia compartilhada nesse momento festivo onde a vida vibra em sintonia com a natureza. Entre memórias, reencontros e abraços de amigos e familiares nos preparamos para o próximo ano que também promete testar nossa resiliência e criatividade para superar as dificuldades.

Somos todos caminheiros. Chegamos de muitos lugares e seguimos para tantos destinos mas no momento caminhamos juntos de mãos dadas.

Boas festas, feliz ano novo com muitos abraços de árvores! Muitas!

16 de dez. de 2016

Plantando Passarinho


Mande chuva, mande chuva. Pode cair sementes de água, chuva para semear nossa agrofloresta. Plantemos água! Pensamos também plantar pássaros. Rouxinol, sabiá e beija-flor são alguns interessantes. Já chegaram nesse viveiro o anum-preto, rolinha e um parecido com bem-te-vi. Plantemos sapos, pererecas e gias! Plantemos aranhas-papa-moscas como essa que saltou no dedão do Hermano. A biodoversidade é inevitável, encantadora e necessária. 2017 teremos mais aprendizados, mais pessoas, mais comida e muita fartura.

15 de dez. de 2016

Plantando Bananeiras


Enquanto o tempo se forma para cair chuva a Agrofloresta Caminho se transforma para receber água e muitas sementes. Concluímos 6 dos 10 canteiros do projeto. Combinamos de fazer o plantio do que está pronto para começar para depois preparar os demais. Material e disposição é o que não falta.

Aproveitado as chuva que Santa Luzia mandou para nós já iniciamos o plantio das bananeiras. Os profetas asseguram o calendário das chuvas da santa. Se chover no dia 13 é janeiro, no dia 14 é fevereiro e assim vai se construindo a previsão de chuvas para o próximo ano. Que assim seja!

O Sítio Brotando a Emancipação, do Crítica Radical, compartilhou as bananeiras prata para a agrofloresta. O restante tiramos das bananas curudas e casca verde que já tem no Caminho. Aprendemos o plantio da batata da bananeira. Plantado assim, atrasamos o crescimento para que a sombra chegue um pouco mais tarde e não atrapalhe as culturas e hortaliças. E a posição do plantio é importante para que no futuro o filhote que nascer de uma forma que fique mais apoiado no solo.

Sempre estamos pensando nos consórcios e nos estratos que serão ocupados no futuro. É um exercício de espaço-tempo na agrofloresta.