30 de mai. de 2016

Apolo, Meu Sapo

Apolo, (Sapo, Leptodactylus ocellatus?)
O meu jardim sempre foi habitado por anfíbios ilustres. Ganimedes (Cururu, Rhinella marina) foi quem chegou primeiro para ajudar no combate a uma praga de cigarrinha-do-campo no jardim. Era transexual, um macho com corpo de fêmea. Fez muito sucesso com as crianças do condomínio. Depois veio a Themis (Cururu, Rhinella marina), poderosa e imponente no jardim. Gorda, tremia o chão em cada salto. Eu os trago pro jardim, mas como eles vivem livres, se vão na época da chuva em busca das lagoas. Eles sentem a declividade do terreno e vão para as baixas onde as águas pluviais formam as lagoas.

Agora, heis que chega o Apolo (Sapo, Leptodactylus ocellatus) para reinar no meu jardim. Ele é um pouco tímido e não gosta tanto de carinho como os outros. Gosta de ficar na beira da bacia da aquaponia se deliciando com os insetos noturnos. É educado, nunca fala de boca cheia. Como sempre vive de boca cheia é bem caladão.

Já dei a dica pra várias pessoas. Em vez de criar gato, cachorro... Cria um cururu! É bicho independente. Toma banho sozinho, basta colocar uma bacia com água. Come todos os mosquitos que encontrar, incluindo o aedes aegypti. Nem sei como engorda com uma dieta dessas. Carência não tem mas curte um carinho na barriga. Nunca precisei levar no veterinário, nem no petshop... Passeio ele faz sozinho, e as vezes dá um pulo na casa da vizinha e se sabe logo pelos gritos. Eu aviso pra não jogar sal que eu recolho. Custo para se ter um sapo é só alegria.

O único cuidado que se deve ter é não tocar no sapo com algum ferimento na mão e nem beijá-lo como nas fábulas. Eles sempre tem alguma toxidade. E a famosa mijada no olho é mito. Ele solta um líquido mas não em forma de jato. 

Bem, quem quiser aprender a pegar no sapo deixa o contato nos comentários que podemos combinar uma vivência.
Aline Rodrigues na primeira oficina pega sapo
Ganimedes (Sapo-boi, Rhinella jimi)
Lena Iório fazendo graça com o Virgo.

28 de mai. de 2016

Desejo (2003)



Primeira das muitas parcerias com Alan Mendonça. Desejo é um desmantelo tão grande na vida do ser humano. É estar na ponta da navalha, é estar beirando o céu. Só o medo pra enterrar os nossos desejos. Hoje eu não tenho medo. Só é triste saber que os desejos que a gente escuta a vida vem e se faz surda.

Desejo
Joyce Custódio / Wilton Matos / Alan Mendonça

Desejo é arte doída
É medo que corre nas veias
É um querer mais que tudo
Se perder na terra alheia
É virar alvo de caça 
Uma rua sem calçada 
É corpo que não se arreia

É estar beirando o céu
É achar da morte a cura
Frente a frente com o encanto
Um tão perto da lonjura
É a ponta da navalha
Faca cega e amolada
Solidão de noite escura

Se a gente esquece o desejo
Nas luas das calmarias
É por que se desconhece
Aonde vida seria
Se o medo fosse marcado
A ferro e fogo sagrado
Paixão palavra sangria

Quem escuta seu desejo
Não sabe que a vida é surda
Como a sede da laranja
Os quatro gomos da lua
Um amor em disparada
No galope da estrada
Da alegria mais pura

Quando findar o repente
E o desejo fogo acesso
Soprar os ventos da morte
Carece pagar seu preço
Pois desejo só se aqueta
Nos sete palmos de terra
Da cercadura do medo

Paixão 
E sangria

Voa Patativa (2004)


Composta para ser trilha de uma peça infantil virou uma grande canção para festivais. Certamente pela força dos versos desse grande poeta Patativa do Assaré que fez essa canção voar o mundo. Um diluve de rimas.

Voa  Patativa
Wilton Matos / Alan Mendonça

Voa  Patativa, voa Patativa, voa voa voa...

Voa  Patativa
Com o vento lendo a tua poesia
Voa do teu pé de serra
Por toda terra
Pousando o teu canto
De boca em boca
Como quem canta
Uma notícia boa

Voa, voa, voa...

Voa Patativa
Pelo céu de déu em déu
E diz pr’uma nuvenzinha
“Bichinha, deságua,
Chega de mágoa
Nesse mundaréu”

E me faz ver um “diluve de rima”
Daí de cima
Faz chover...
Faz chover cordel.

"Canto as fulô e os abróio
Com todas coisa daqui:
Pra toda parte que eu óio
Vejo um verso se bulí.
Se as vêz andando no vale
Atrás de curá meus male
Quero repará pra serra
Assim que eu óio pra cima,
Vejo um divule de rima
Caindo inriba da terra."

Poesia Incidental.
Cante lá, que eu canto cá - Patativa do Assaré

Água e Carbono (2003)



A vida é cíclica. É tão claro! Só depois dessa canção me mergulhar eu compreendi por inteiro. Nós somos essa vida cíclica. Agora percebo os altos e baixos, as idas e vindas. Não precisa desesperar quando a descida é vertiginosa. Tentar se segurar é inútil. Mergulhar confiante que logo a frente emergirá fortalecido e transformado.

Água e Carbono
Wilton Matos / Alan Mendonça

Vai correr notícia por aí
Que eu vou voltar
Pra onde nunca saí

Janelas vão abrir
A boca-boca multidão
E vão dizer que eu partir
Sem querer

E fui só solidão

Mas a vida é cíclica
Água e carbono
Calma e abandono

Que gira dentro do olhar
Que parte e volta
Que fica onde passar

Que leva o atraso
Dentro da mala
De volta pra casa
Embora cansado

Várias Cores (2004)


Várias cores, também várias sensações a cada vez que eu me perco em você. Uma viagem psicodélica a cada relação. Um caleidoscópio sem lógica, sempre belo.

Várias Cores
Wilton Matos / David Viana / Jota Marinho

Quero quebrar o silêncio
E escutar teus gemidos
Nessa noite tão curta
Quero mais

Vou viajar entre odores
E deslizar em sorrisos
Quero fazer tudo flores
E então ninar

Quero ir
E conhecer sempre mais
Quero ir
Tateando várias cores
Quero ir
E me perder em você


Água de Quartinha (2005)


Tantas coisas pensamos do amor e ele sempre nos prega uma peça. Ele nunca se guarda porque é infinito.  Amor é uma inundação e não cabe no nosso peito e nem mesmo numa quartinha.

Água de Quartinha
Wilton Matos / Alan Mendonça

Eu pensei que o amor vinha
Feito água de quartinha
Com o cheiro lá de casa

Eu pensei que o amor queria
Se deitar na calmaria
E voar com suas asas

Mas o amor foi tão tangido
Pelo medo do perdido
E perdeu a sua graça

O amor me foi passado
Foi pra eu acertar o passo
No adeus da despedida

O amor me disse sem querer
Que amor mesmo pra valer
Acha o rumo sem ter guia

Ah! Se fosse água de quartinha
De inundar a ribeirinha
Bonito pra chover
E de gozar como quem chove
Água de quebrar o pote
Que nunca é de se prender

Caracol Africano


Esse post é um ALERTA. O caracol-africano é transmissor de um verme, o Angiostrongylus cantonensis, causador de meningite; e de um parasita, o Angiostrongylus costaricensis, causador da angiostrongilose abdominal. Doenças graves. Além disso, depois que morre o caracol pode acumular água e se tornar um provável criadouro da larva do Aedes aegypti. 

Por falta de conhecimento as pessoas não veem o perigo que é manipular esse molusco. Para manipular o caracol se deve ter pelo menos sacos de plástico protegendo as mãos. O mais seguro é usar luvas.

COMBATE

"Utilize luvas descartáveis para pegar e manusear os animais. Proteja a pele e as mucosas: não coma, fume ou beba durante o manuseio do caramujo. Coloque os caramujos em dois sacos plásticos e quebre suas conchas, pisando em cima. Enterre-os em valas com pelo menos 80 cm de profundidade, longe de cisternas, poços artesianos ou do lençol freático. Aplique cal virgem sobre os caramujos quebrados (cuidado, a cal queima a pele). Feche a vala com terra Retire as luvas e lave muito bem as mãos após isso."

Fonte e mais informações...
Jardineiro.net
Caramujo Gigante Africano


27 de mai. de 2016

Círculo de Bananeiras na Ocupação da Escola Presidente Castelo Branco

Círculo de Bananeiras


Junta as mãos em prece, vira o dedão pro lado do coração, agora abre os braços e nos unimos em gratidão e doação uns com os outros. Ritual da permacultura para nos conectarmos e centrarmos nossas mentes no que fazer de bom para o planeta, a nossa casa. Celebração!

Na Escola Presidente Castelo Branco que segue ocupada pelos alunos e com os professores em greve sem perspectiva de acordo com o Governo do Ceará, construímos dois círculos de bananeiras. Dentro do quintal produtivo que está se formando com ajuda do NEPPSA (Núcleo de Estudos e Práticas Permaculturais do Semiárido) os estudantes indicaram os espaços para começar a cavação. Foi preciso trabalho de equipe para cavar pelo menos um metro de profundidade. Pás, enxadas e picaretes. Depois, juntar folhas, galhos e o que for de origem orgânica que foram se amontoando no buraco. Com duas grandes mangueiras por perto, logo suas folhas e galhos servirão para alimentar essa usina de reciclagem e produção de adubo. Agora é regar e em breve, uns seis meses, vêm a colheita das bananas.

O círculo serve para destinar matéria orgânica que normalmente é queimada ou simplesmente jogada no lixo. Abrigo de minhocas, imbuás, tatuzinhos e microorganismos que vão reciclar a matéria orgânica. Também tem a função ornamental e a principal que é encher o bucho desses menin@s com banana da melhor qualidade. 

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26 de mai. de 2016

Jiboia (Boa constrictor constrictor)

Jiboia (Boa constrictor constrictor)
Na floresta os perigos e riscos estão associados mais ao medo do desconhecido que o que realmente tem lá. Alguns programas de televisão ainda ajudam a transformar esse medo em pânico o que acaba distanciando e não permitindo as pessoas terem esse tipo de experiência tranqüila com a Natureza. Quanto mais eu conheço as plantas e os animais do sítio mais eu me sinto acolhido e encantado pela floresta. Um encontro como o de hoje nos deixa muito mais vivos.  

Eu e meu pai nos perdemos um pouco da trilha. Estávamos procurando um lugar para fazer uma casa e veja o que encontramos. Uma imensa jiboia tomando banho de Sol tranquilamente. Ela tinha de 2 a 3 metros de comprimento. Pairava sobre os galhos de uma passagem difícil pra gente. Ficou tímida na hora de tirar a foto e escondeu a cabeça. Antes dela se retirar, passamos um tempo com ela nos observando e a gente encantado com aquela obra da natureza. A presença dessa jiboia no sítio mostra que o ecossistema está equilibrado. É assim queremos manter.

Eu recomendo um dia visitarem o NUROF (Núcleo Regional de Ofiologia da Universidade Federal do Ceará) e assistir uma palestra. Esclarece muitas dúvidas e mitos sobre as serpentes.

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24 de mai. de 2016

"Meu Quintal é Maior do que o Mundo"

Situação em 25/04/2013

Agrofloresta em 24/05/2016

Jardim pra mim é um conceito expandido. "Meu quintal é maior do que o mundo."* Onde eu puder colocar minhas sementes e mudas para transformar o cinza já chamo de canteiro. Na minha empresa havia esse terreno abandonado e resolvi adotar. Considero minha roça. Era feio, as plantas sofridas e ninguém olhava pra ele. Ocupei em 2013. Resolvi fazer de laboratório para uma experiência com agrofloresta que eu estava começando a aprender. Falei com o administrador da área e comecei. No início foi preciso de ajuda do pessoal da limpeza para retirar o entulho, resto de alvenaria. Aos poucos fui fazendo as intervenções, tipo 10 a 20 minutos por dia. Ou chegava mais cedo, ou saia mais tarde um pouco do trabalho. As vezes aparecia um jardineiro para ajudar em algo mais braçal. Montei esses canteiros com pedra, revirei a terra e coloquei adubo.

Olha só o que eu já colhi mesmo com pouco tempo pra manejar. Tirei romã, urucum, acerola, banana, quiabo-de-metro, cunhã e abacaxi. Num canto plantei medicinais como capim-santo, babosa, hortelã, corama, xambá, citronela, colônia... De árvores tem caju, angico, pau-d´arco-roxo, pau-d´arco-rosa, paineira, sabiá, jucá, mororó, oiti, pau-branco, torêm e as trepadeiras mucunã e tumbérgia. As árvores hoje estão imensas e já fazem uma boa sombra. O pau-branco florado muda meu dia. Ainda coloquei algumas ornamentais para atrair abelhas, pássaros e beija-flor.

O lugar que era invisível começou a ser observado por quem ia registra o ponto ali perto. Como eu sempre estava ali as pessoas entravam e passaram a frequentar. Já demorei um bom tempo conversando com os colegas de trabalho sobre plantas ou sobre aquele experimento no qual estavamos no centro, como tinha mudado aquele lugar. Dicas e conselhos para plantar árvores,  ervas para chás ou repelente.

E aí?! Se anima de ocupar algum terreno perto de ti. Os desertos podem estar dentro da sua casa e as sementes são as chaves para transformar tudo em oásis.

* citação de Manoel de Barros

23 de mai. de 2016

Pr'ocê Sambar (2010)





"Quem não gosta do samba bom sujeito não é ou é ruim da cabeça ou doente do pé." Agora, que tem gente no salão que mexe com o coração da gente, há se tem! É pr'ocê fazer meu coração repicar com esse samba.

Pr’ocê Sambar
Carlos Hardy / Wilton Matos / Alan Mendonça

Êeee
Eu vou cantar pr’ocê
Eu vou cantar pr’ocê sambar

Vem pra muvuca maluca batuca na cuca do nego
Vem na traquila por riba cuíca que grita no pelo

Ginga no terreiro o teu manjar
Canta no meu peito o teu sambar

Deixa todo nego se entortar
De ver meu samba em teu sambar

Versão Lorena Nunes...

Vem Dançar Maracatu (2010)


Essa "loinha" seria para um projeto de CD de maracatu infantil do Az de Ouro que não passou da primeira música. Da intenção ficou essa brincadeira de dançar maracatu para crianças-crianças e crianças-adultas. Valeu por todas que não foram feitas.

Vem Dançar Maracatu
Wilton Matos / Alan Mendonça

Vem dançar maracatu
Ela e ele, eu e tu
Vem dançar maracatu
Ela e ele, eu e tu

Eu sou preto, preto tu
Preto de uma tinta azul
Tanto azul que pinta o céu
Feito tinta num papel

Menino, tem medo não
Tudo é pano e coração
Balaios de um mesmo chão
Preto e branco, tudo irmão

Maracatu no passo
Passo no chão azul
A imaginação de pé descalço
Vem dançar maracatu

Reis e rainhas pra brincar
Com toda gente do lugar
Ela e ele, eu e tu
Vem dançar maracatu

Adeus Ateu (2005)


Dialogar com os corações e saber de suas distâncias é um mistério sem fim.

Adeus Ateu
Wilton Matos / Alan Mendonça

Eu tenho tanto pra dizer
Se você quiser ouvir
Se você quiser falar
Outra vez
Por mim
Tudo bem
Por mim

Por tudo
Que somos, fomos
Somos longe demais
Fomos longe demais

Em qual lugar
Vou parar, vou sentir?
Outra vez voltar
Outra vez
Vou pedir

Eu ateu ao adeus de mim
Vou pedir por mim
A Deus
Outra vez outro fim

Vozes (2005)



"A voz é a minha melhor expressão. É por onde ecoa a minha alma e desenho no vento os meus olhares de mundo. Quando canto essa canção minha voz se torna um coro de todos que tem esse dom." 

Texto de Alan Mendonça para o show Minha Alma Sem Fronteiras.

Vozes 
Wilton Matos / Alan Mendonça

Há nesse meu canto
O não vãs palavras
De tantos outros cantos
De tantas madrugas

Há tantos quintais
Outros santuários
Sorrisos, tantos ais
E vários sonhos vários
Mários e joões cabrais

Trago no meu peito
A dor das catedrais
Com suas fogueiras, mortes, banzos
E outras “cositas más”

Nesse meu canto não tenho dinheiro
Nada além de medo
E um pouco de esperança
De que venha a dança
Antes da noite terminar...
...antes da noite terminar...

Nessa vida quase cigana
Tantas vozes ainda
Hão de chegar

22 de mai. de 2016

Dedicatória (2010)



Quando componho junto, tenho um ritual de sempre mostrar a parceria como ficou a música antes de fazer qualquer divulgação. Dedicatória não foi diferente mas tem um detalhe. Quando Henrique ouviu pela primeira vez, estávamos ao vivo na Rádio Universitária de Fortaleza. O estúdio se encheu de emoção.

Dedicatória
Wilton Matos / Henrique Beltrão

Estou triste, estou triste...
Nunca mais cantei, ó maninha!
Lembras da sanfona e do jardim,
Dos sonhos que contaste para mim?

Estou longe, tão longe daí...
Lembras dos poemas e canções,
Da paisagem do telhado que mostrei a ti?

Estou murchinho, quase sem cor...
Lembras do futuro que a gente combinou?

Estou sozinho, estou desinfeliz...
Trago um presente tão pobre:
Estes versos que refiz.


17 de mai. de 2016

Nós (2012)


Essa canção me deixa cheio de nós. As vezes aperta e quase sufoca um trançado de sentimentos. Mas é tão verdadeira essa poética... no final alivia a vida com vida, vida...

Nós
Wilton Matos / Germana Almeida

Éramos
Ora em laços de seda
Ora em cordas de forca
Agora não mais

Éramos corda
Trançada, unida
Agora a corda
Acorda
E se vê tão distorcida
Agora não mais

Agora só fibra
Cada uma e cada qual
Sem igual
Atadas à linha da própria vida

Vida, vida

16 de mai. de 2016

Círculo de Bananeiras



Círculo de bananeiras curudas, prata, maça e casca verde no Projeto Caminho.
Círculo de bananeiras é uma ferramenta da permacultura bem interessante. Permite acumular matéria orgânica e umidade necessário para o desenvolvimento de bananeiras. Pode receber e dar destino a águas cinzas de uma cozinha por exemplo. Atrai minhocas, imbuás e tatuzinhos-de-jardim que ajudam na compostagem. E se você tiver um terreno muito pelado e quiser dar uma força no reflorestamento recomendo usar o círculo de bananeiras, pois ele vai ajudar com a produção de matéria orgânica e fortalecer as plantas que se quer estabelecer no seu terreno.  

Agora vamos ver como é a sua construção.

Esquema do Círculo de Bananeiras

Primeiro faça um buraco de 0,5m de profundidade e 1,4m de diâmetro no formato de uma cuba (veja o esquema). A terra que for retirada é colocada na borda do buraco. Coloque troncos grandes no fundo e vá preenchendo com galhos menores intercalando com folhas. A última camada é de folha e deve ficar 0,5m acima do nível do solo. Se possível, fazer essa atividade durante o período de chuvas pra facilitar a retirada da terra e ajudar encher o buraco com água, caso não se tenha uma fonte de água cinza. Plante as bananeiras no círculo sendo no máximo seis. Para cada uma delas faça um berço de 30cm de profundidade, coloque adubo e plante a bananeira.  

O manejo é simples. Com o tempo vão surgir vários brotos de novas bananeiras mas deixamos apenas a mãe, a filha e a neta de cada bananeira. O excesso de bananeiras deve ser retirado para evitar competição por nutrientes, luz e água. Tudo que for produzido de matéria orgânica é colocado no buraco para virar adubo. Adubar a cada colheita e se fartar de bananas.

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Marilac. Coordenadora do Caminho

15 de mai. de 2016

Tinta de Terra


Quer pintar uma parede mas está sem recurso para comprar material. Sugiro assistir esse vídeo que ensina fazer a tinta de terra. Essa técnica é muito simples, prática e barata. Nesse vídeo, gravado em 2012 durante o PDC (sigla em inglês para Curso de Design em Permacultura) dá para se ter uma boa noção de como é fácil. 

Além de paredes, já pintei jarros com essa tinta e o resultado é também muito bom. Claro que ela não tem a durabilidade de uma tinta de marca! Com a chuva ela pode perder camadas. Mas, passada a chuva é só retocar e tudo fica lindo novamente. Essa técnica também é conhecida como geotinta.

Saiba +
Apostila Cores da Terra - Fazendo Tinta com Terra

Quem é Você? (2005)



Recebi essa letra em 2001 e só em 2005, nas sombras das noites quentes, veio a inspiração da canção. Fala de uma personagem misteriosa e noturna que surge para logo em seguida sumir. É como a lua que não se mostra inteira mas sabe bem esconder-se por completa. Vez por outra surgem essas pessoas misteriosas na minha vida que deixam mais perguntas que respostas. 



Quem é Você? - Wilton Matos / Vaneza Silva

Quem é Você?
Por que não responde aos meus chamados?
Por que não me conta os seus pecados?

Quero ser seu cúmplice
Quero levar parte da tua culpa
Se preciso for sujo minhas mãos com sangue

Mato e morro
Já desapareci
Fui a lugares inalcançáveis
Mas algo me faz retornar...retornar

Que tipo de ser é você
As sombras encobrem sua face
A noite é sua confidente
A lua acompanha seus passos
Dama das trevas o que me prende à você?

És doce e amarga
Está presente e ausente
O que te faz feliz?
O que te faz sofrer?

Deixe-me ir ao teu encontro
Deixe-me saber
Quem é você...

14 de mai. de 2016

Permacultura na Ocupação da Escola Presidente Castelo Branco


Mutirão da Permacultura na Escola Castelo Branco

Ocupar?! Sim! Reivindicar e questionar sempre. É a busca da educação que temos direito. Mudá-la para melhor. Estive com alunos, ex-alunos, professores e voluntários da permacultura num dia de atividades da Ocupação da Escola Presidente Castelo Branco. Melhor seria se esse castelo fosse verde né?! Então vamos lá. Construir e resignificar a escola. 

Haviam dois espaços, um com grandes árvores e outro com horta produzindo cebolinha, pimenta, macaxeira, hortelã mas precisando de um toque de permacultura. Fiquei na horta com uma equipe. Começamos com a limpeza retirando lixo e entulhos. Com pedras portuguesas fizemos a harmonização do espaço e proteção da erva-cidreira, coqueiro, limoeiro, macaxeiras... Os círculos ornamentavam e dentro deles colocamos folhas para proteger o solo do sol, ajudar na retenção da água e facilitar a chegada de bichinhos benéficos como o tatuzinho-de jardim e minhocas que chegamos a ver. Escolhemos o melhor lugar para plantar um pau-d'arco-roxo, um oiti, um mamão e uma mudinha de majericão. 

Um dia para cuidar do jardim-horta e deixar que ele cuide da gente. Ele te oferece ervas e frutas. e também boas conversas no pé-de-jardim. Agora é só regar e adubar. Deixa que o Sol ilumine a vida. 

Ocupar sim. Sempre!

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Dedo Verde na Escola

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+ Fotos

13 de mai. de 2016

Chama

Capa do CD "Não deixe pra amanhã o que pode deixar pra lá"
Tão lindo quanto o que tem dentro.
Se é pra chamar, chama do amor 
Chama pra ver o sol se pôr
Chama maré cheia, sereia
Chama da areia o teu pescador
Chama bom tempo, se faz um favor
Mate de fome a sua dor
Chame o que é leve
E releve tudo o que não for.

Krhystal

Poema incidental da música Bouquet

Para baixar o CD...